Entrevista para o site do meu patrocinador!

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Falo um pouco de mim espero que gostem!

Kainan Coerin
Braço forte na água sempre

Rumo ao mundial, Brasil ira desfalcado!

Daynara de Paula embarcou para o Mundial de Natação da China, na madrugada desta segunda-feira, como a única brasileira dona de índice individual para a competição, nos 100 m borboleta. Isso porque Fabíola Molina foi pega no exame antidoping no final de julho e, assim, perdeu a vaga nos 100 m costas. A má notícia surpreendeu e entristeceu Daynara, que recentemente viveu drama semelhante.
"Fiquei triste porque, depois do que aconteceu comigo, achei que as pessoas iam ficar mais atentas", disse a nadadora no saguão do Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos. Em 2010, um exame feito durante o Sul-Americano de Medellín, na Colômbia, acusou presença de furosemida no organismo de Daynara. Ela foi punida quando já buscava destaque nas competições internacionais.
A atleta justificou o teste adverso afirmando que a substância teria sido colocada por engano por uma farmácia de Belo Horizonte em um suplemento alimentar que deveria conter cafeína e chá verde, entre outros componentes. A Federação Internacional de Natação (Fina) aceitou a explicação, mas a suspendeu por seis meses apontando negligência. Quase perdeu a possibilidade de disputar a Olimpíada de Londres, em 2012.
O caso - incluindo a substância proibida e a explicação - é exatamente igual ao vivido por César Cielo, Nicholas Santos, Vinícius Waked e Henrique Barbosa. Os três últimos perderam vaga no Mundial de Xangai e ainda vão a julgamento, mas Cielo, por ora, foi apenas advertido. Confrontada sobre o assunto, Daynara franziu a testa e evitou polêmica: "nada a declarar". Sobre Fabíola Molina, que testou positivo para Metilhexanamina, no entanto, ela não poupou lamentações.
"A Fabíola é a Rainha das Águas, né? O pessoal fala isso. Ela vai fazer falta, sem dúvida, porque é amiga, cuida de todos. Ela é meu maior ídolo. Eu lembro que, quando eu era criança, tinha um campeonato no qual ela entregava as medalhas. Era o meu sonho vencer só para ganhar uma medalha da Fabíola", relembrou Daynara, aos risos. Hoje, ela compete no mesmo nível de sua grande inspiradora. E sem usar suplementos.
"Não tomo mais nada, principalmente que venha de laboratório de manipulação. Eu não tenho um laboratório dentro de casa. Cada um sabe o que faz, ninguém é criança", afirmou. Sorridente e evidentemente empolgada, ela se vê mais experiente para buscar medalhas no Mundial de Natação. Em 2009, Daynara surpreendeu ao chegar à final dos 50 m borboleta no Mundial de Roma, quando tinha apenas 19 anos.
"Agora estou mais experiente. Em Roma era a minha primeira competição, não sabia direito como funcionavam as coisas, fiquei emocionada antes da prova. Esses dias minha irmã até me ligou para dizer: 'não vá chorar antes da prova, tá?' Agora, só choro se for em comemoração", complementou Daynara de Paula, enquanto aguardava na fila para fazer o check-in para uma viagem de quase 24 horas até a China.
Entenda o caso
O velocista Cesar Cielo teve resultado adverso para a substância proibida furosemida em um exame antidoping feito no Troféu Maria Lenk, realizado em maio, no Rio de Janeiro. Além dele, campeão olímpico e mundial, outros três nadadores brasileiros também foram flagrados: Nicholas Santos, Vinícius Waked e Henrique Barbosa.
De acordo com nota da CBDA, divulgada em 1º de julho, os envolvidos declinaram do direito de realização da amostra B e definiram com precisão como o diurético entrou no organismo, o que comprovou que não houve aumento dos seus desempenhos, fato que não ocorreu nesta competição. Desta forma, a entidade optou apenas por uma advertência aos quatro atletas uma vez que não foi identificada culpa ou negligência por parte deles no episódio. O próprio Cielo, em nota oficial divulgada posteriormente, disse que "em nenhum momento fui imprudente ou negligente ou usei de imperícia". Por essa razão, o brasileiro poderá disputar o Mundial de Esportes Aquáticos, de 16 a 31 de julho, em Xangai. O mesmo não acontecerá com Henrique Barbosa e Nicholas Santos, que tinham obtido seus índices no Maria Lenk e tiveram seus tempos anulados.
A situação dos atletas, no entanto, ainda não está totalmente definida. Já que a Fina (Federação Internacional de Natação) resolveu recorrer à Corte Arbitral do Esporte (CAS) para tomar uma decisão se os quatro devem ou não ser punidos pelo uso da substância, seguindo as regras das leis antidoping da Fina ¿ o julgamento ocorrerá até o próximo dia 24.
Dos quatro flagrados no exame, apenas Henrique Barbosa não faz parte do P.R.O 2016 (Projeto Rumo ao Ouro), idealizado por Cielo com vistas a Olimpíada do Rio de Janeiro. O nadador é também um dos destaques do Flamengo. No Troféu Maria Lenk, competição na qual os atletas foram flagrados, Cielo foi surpreendido pelo compatriota Bruno Fratus na prova dos 100 m nado livre, uma de suas especialidades, ficando em segundo. No entanto, levou ouro nos 50 m livre, 50 m borboleta e nos revezamentos 4x50 m livre, 4x100 m livre e revezamento 4x100 m medley. Todos os resultados dele e dos outros nadadores flagrados na competição foram cancelados.
Menos conhecido entre os quatro nadadores, Waked, 23 anos, já havia sido suspenso por dois meses ainda neste ano por uso da substância isometepteno. Na época, ele se defendeu alegando que utilizou um remédio para dor de cabeça.