segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

De volta a agua e feliz da vida!!!!



Ola meus queridos amigos e amigas, ontem completei 11 anos e tive entre vários presentes que ganhei, um em especial, a alta dos médicos em poder voltar aos treinos e a minha querida água, foram longos 45 dias que por mais que tentasse não conseguiria esconder meu entristecimento por estar limitado em fazer o que me proporciona mais prazer que é nadar, insistir com meus Pais em estar presente todos os treinos destes dias, pois era uma forma de mesmo a distancia estava próximo da piscina e de meus amigos de treino.
Gostaria de agradecer a todos que me apoiaram me motivando neste logos dias, sei que sou jovem e que tenho muito tempo ainda pela frente, mas como já disse nadar e fonte existencial de minha vida.
Agora a fase já findou e volto a minha rotina, feliz e esperançoso em alcançar meus objetivos e caminhar em minha jornada!!!!

Obrigado a todos que se lembrou de mim em meu aniversario!



Kainan Coerin
"Agora com braços ainda mais fortes na água"

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Aniversario do nosso Kainan!

Filho,

Hoje o dia nasceu mais alegre e iluminado,
Todos os pássaros saudando o dia com suas canções.

As ondas do mar estão ainda mais azuis e belas,
O sol dissipou o orvalho e aqueceu a manhã com seus raios.

O céu de um azul suave, tudo parece mais bonito,
Pois hoje é um dia muito especial, sim, é o seu aniversário.

As palavras ficam ínfimas, por que já foram muito usadas,
Mas precisamos dizê-las, seja feliz, continue buscando seu caminho,
com alegria e entusiasmo, com amor e esperança, continue sendo
este ser maravilhoso e hábil em lidar com tudo e todos.

Lembramos dos seus primeiros movimentos,
e seu belo rostinho inchado vermelhinho, mas só para nós a coisinha.
mais bela e preciosa que alguém poderia ter, Deus confiou em nós,
colocando você em nossos braços, e desejamos de todo coração que Ele esteja alegre pelo que estamos fazendo, tudo que fazemos foi por que ele nos deu forças e coragem para lutar e tentar transformá-lo em uma pessoa integra e batalhador.

Só temos que agradecer porque você continua sendo o nosso maior presente e o mais importante e precioso que já ganhamos, o aniversário é seu, mas o presente continua sendo nosso, “TE AMAMOS” com toda força de nossos corações.


Toda felicidade do mundo ainda é pouco perto do que te desejamos...

Você é muito especial e nunca permita que alguém te diga o contrário, porque você tem luz própria e foi à escolhido por Deus para estar aqui!!!



Amo-te eternamente...

Papai e Mamãe

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Otite externa - Otite de nadadores

O verão está aí e é preciso ficar atento a algumas doenças que podem chegar com a alta temperatura. Uma delas é a otite externa, também conhecida como otite dos nadadores. Na maioria dos casos, esse tipo de doença corresponde à inflamação da pele que reveste o canal do ouvido ou o pavilhão auricular.


Comuns no calor, a prática de natação e o maior número de banhos favorecem a inflamação.

A prática da natação, o maior número de banhos diários e o aumento da quantidade de suor justificam a maior incidência da otite externa durante a estação. A retenção de água no canal auditivo é um dos fatores causais mais importantes. Mas também pode ser provocada por corpos estranhos (feijão, milho, pontas de lápis etc.), alergia à medicamentos, feri¬mentos decorrentes do uso de cotonetes e de outros objetos utilizados para coçar as orelhas.

Existem medidas que podem ser úteis. No caso das otites externas, evitar a entrada de água no canal auditivo e o uso de co¬tonetes e de outros instrumentos que possam irritar ou ferir a pele do canal.

Geralmente, as otites agudas melhoram com o tratamento. Às vezes, podem evoluir para a forma crônica. A avaliação de um especialista é muito importante, pois devem ser investigadas todas as causas que mantêm a doença. Um exame da orelha, do nariz e da garganta deve ser feito procurando por alterações que possam interferir na função da Tuba auditiva.


TIPOS DE OTITES EXTERNAS:

[>] Infecciosas: causadas pelos germes que penetram na pele da orelha, podendo levar à uma inflamação difusa (otite dos nadadores) ou localizada (furúnculo), ambas apresentando dores que pioram com a abertura da boca, a mastigação e o toque
[>] Eczematosa: reação alérgica da pele da orelha; geralmente, provoca coceira e saída de secreção aquosa em quantidade variável
[>] Micótica: causada por fungos que podem evoluir e provocar coceira e dor
[>] Pericondrite do pavilhão: inflamação da cartilagem que forma a orelha, caracterizada por dor intensa e inchaço da região. Se não for tratada adequadamente, pode resultar em deformidades da orelha.


Dr Guilherme Santos Casimiro é especialista em Otorrinolaringologia

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Historia e evolução da natação


É difícil situar na história a origem da arte de se movimentar na água. O homem aprendeu a sustentar-se na água por instinto, acredita-se que através da observação do comportamento dos animais. A natação surgiu mais freqüentemente pela necessidade do que pelo próprio prazer. Os primeiros escritos que testemunham a capacidade humana de nadar aparecem na pré-história, entre 9 e 4 milênio a. C. Histórias registradas há muito tempo indicam que as pessoas que moravam ao longo do quente Mediterrâneo nadavam com uma considerável capacidade. Na antiguidade, era uma vantagem saber nadar, uma arma do homem para enfrentar dificuldades. A natação popular vem desde a Grécia e Roma, quando os soldados exerciam essa prática de movimentos completos, simples e divertidos com o objetivo de ajudá-los na recuperação terapêutica e atrofia muscular. Durante o Império, temos relatos sobre os Romanos que nadavam em lagos ou em grandes piscinas, dentro das termas, e que utilizavam a água com fim recreativo e curativo. A natação moderna, ou a natação vista como esporte, começa no fim do século XIX na Europa, em torneios isolados e campeonatos nacionais. A partir desta época surgem modificações do nado rudimentar para os nados com estilos, usados atualmente.

Muitas das contribuições para o do progresso da evolução da natação começou na década de 70, através do americano James Counsilman, treinador de Mark Spitz, que ganhou sete medalhas de ouro nas olimpíadas de 1972. O técnico foi o primeiro a filmar atletas com pontos luminosos nas mãos, nadando no escuro. A experiência mostrou que os mais velozes não davam braçadas retas, mas em forma de “S”. Em 1998, Andrew Lyttle, do Departamento de Movimentos Humanos da Universidade do Oeste da Austrália, comparou performances de nadadores e provou que é mais fácil nadar no fundo, pois a ausência de ondas diminui a resistência da água. Segundo seu estudo, a velocidade alcançada na superfície é de até 1,6 metro por segundo, enquanto a 40 centímetros de profundidade pode atingir 3,1 metros por segundo. Mais do que um esporte, a natação hoje é uma ciência. Publicações como o Swimming Science Journal e o International Journal of Sport’s Medicine divulgam sistematicamente novas descobertas e experiências de um exército de especialistas em biomecânica e hidrodinâmica. Materiais e roupas especiais para a prática do esporte têm sido lançadas a todo o momento sempre focando a melhora de rendimento e à eficiência do nado com velocidade. De que a tecnologia ajuda, não há dúvida. Sem ela não daria para esperar novos recordes a cada olimpíada ou campeonato mundial. O nadador brasileiro Gustavo Borges comenta "O resultado depende da disciplina e da determinação do atleta". Certamente Michael Phelps não conseguiria todas as suas medalhas de ouro se não tivesse determinação e comprometimento com os seus treinos, as melhores braçadas, claro, só podem ser obtidas com a soma de técnica e talento.

Se o capitão inglês, há mais de 100 anos, completou o canal da Mancha em pouco mais de 22 horas e em 2007 um nadador búlgaro fez o mesmo trajeto em menos de 7 horas, o que será a natação daqui a 100 anos? Que materiais existirão? Como serão as piscinas? Será que novos recordes serão quebrados? Até onde vai o limite do ser humano? Caia na água coloque seus modernos óculos de natação e tente imaginar o futuro do esporte...


fontes e dados Internet

Kainan
Braço forte na agua sempre!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Um exemplo de brasileiro - André Brasil - Atleta paraolímpico

"Garrincha" da natação, André Brasil quer 6 ouros em Londres

• André Brasil quer seis medalhas de ouro em Londres

THIAGO BORDINI TUFANO
Direto de São Paulo
Com apenas 25 anos, Michael Phelps é o maior nadador da história, somando nada menos que 16 medalhas em três edições olímpicas. O americano possui ainda a marca de oito medalhas de ouro em uma única edição, em Pequim 2008, além dos 37 recordes mundiais quebrados na carreira. Mas o Brasil também tem seu Michael Phelps, apesar de André Brasil preferir ser chamado de o "Garrincha" do esporte paraolímpico. Na mesma Olimpíada em que Phelps conquistou os oito ouros, na capital chinesa, André subiu ao lugar mais alto do pódio quatro vezes, além de faturar mais uma prata e um bronze. Mas nos Jogos Paraolímpicos de Londres a marca promete ser ainda maior e a meta é levar seis ouros nas seis provas em que compete.
Com poucos meses de vida foi diagnosticada em André Brasil a paralisia infantil, conhecida também por poliomelite, por reação vacinal. Isso faz com que o nadador seja colocado pelo Comitê Paraolímpico Internacional na categoria S10, que recebe atletas com menos dificuldades. Daniel Dias, por exemplo, que possui tantas medalhas e tantos recordes como André, é da categoria S5. Amigo de André, Daniel nasceu com má formação congênita dos membros superiores e perna direita.
E se André é o Garrincha da natação, Daniel é o Pelé. A comparação é feita pelo próprio André. "Eu costumo falar que como tivemos o Pelé e o Garricha, temos eu e o Daniel. Eu sou o Garrincha e o André é o Pelé. Quando falamos de apelo, e infelizmente isso acontece, ele vai ter mais apelo porque a deficiência dele aparece mais, é mais visível e maior do que a minha, mas o que mostramos na fala, no resultado, é que somos muito profissionais e estamos ali não por um salário mínimo mas para coisas melhores", disse André Brasil, em entrevista ao Terra.
A evolução de André é impressionante. Se na Paraolimpíada de Pequim o atleta levou quatro ouros, uma prata e um bronze, no Mundial de Eindhoven foram cinco ouros e uma prata. Mas André sonha com voos ainda mais altos. Além da meta de colocar seis medalhas de ouro no peito em 2012, o atleta quer participar dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara 2011 com atletas olímpicos, um dos maiores desafios de sua carreira.
"Temos metas diárias e temos sonhos que colocamos em um pedestal, sonhos alcançáveis. Tenho certeza que até 2012 eu vou conquistar esse sonho. A meta é seis ouros, mas eu ainda tenho um sonho maior, que é participar de um grande evento com pessoas sem deficiência. Talvez esse ano fosse um bom ano, já que temos o Pan-Americano. É um ano que tem um outro Campeonato Mundial, então talvez não seja o Pan mais atrativo para atletas sem deficiência, por isso não deve ser muito forte. Com isso as chances ficam um pouco maiores. Não sei se é possível, é um sonho e eu quero participar", afirmou André.

fonte site Terra

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Longe de minha essência



Como um peixe fora da água me sinto neste momento
Minhas escamas estão secas
Meu corpo triste sem o contato da água
E pensei que fosse simples, e já estaria de volta a ti
Conto os minutos, muitos me ajudam para espantar a tristeza
Mas somente eu sei o quanto me entristece estar longe de minha essência

Como vicio uma dependência, nadar é meu alimento
E ao escrever estas palavras burlei mais uma vez o tempo
E encurto ainda mais o meu retorno
A ti água





Um nadador

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Uma força a mais para natação Brasileira

"Nosso salário é para ganhar medalhas", diz Cielo
16 de fevereiro de 2011 • 08h32 • atualizado às 08h38 Comentários
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Notícia

Cielo quer natação brasileira mais profissional


Foto: Fernando Borges/Terra

Reduzir Normal Aumentar Imprimir Thiago Bordini Tufano
Direto de São Paulo
Campeão mundial e olímpico nos 50 m livre, campeão mundial e medalhista de bronze dos 100 m livre, recordista mundial nas duas categorias. Depois de tantos triunfos, o brasileiro César Cielo luta para que a natação se torne ainda mais profissional no Brasil. Após os Jogos Olímpicos de Pequim 2008, quando o atleta brilhou e conquistou grandes resultados nas piscinas da capital chinesa, o esporte no País mudou de vez, mas o nadador ainda busca melhores condições para seus companheiros.

O fato é que os patrocínios e os ótimos salários só aparecem junto com bons resultados. Foi o caso de Cielo, que após as medalhas em Pequim 2008, continuou em ascensão e com grandes patrocinadores em seus uniformes.

"Espero que a natação comece a ficar mais profissional. Porque o nosso salário é para competir, para ganhar medalhas. Não temos que esconder isso de ninguém. Somos profissionais e recebemos salário para isso, para conquistarmos resultados", afirmou Cielo. Para ajudar na busca desse "profissionalismo" na natação, o campeão lançou o Projeto Rumo ao Ouro 2016 (P.R.O. 2016), que reúne mais seis nadadores buscando a excelência no esporte e, consequentemente, medalhas e recordes. Juntos, esses sete atletas treinarão no Centro Olímpico, em São Paulo, sob o comando do técnico Albertinho, mas continuarão representando seus clubes.

"Hoje tenho mais facilidade em conseguir coisas aqui no Brasil muito mais do que lá fora. Hoje eu volto a treinar no Brasil com muita confiança no trabalho e tenho certeza que essa é a melhor opção em busca do bicampeonato olímpico. Estamos dando um empurrão nessa bola de neve. É o início para um profissionalismo maior no esporte", explicou Cielo.

"Não duvido muito que no ano que vem apareçam quatro, cinco grupos como o nosso. Mas alguém tinha que dar esse pontapé inicial. É muito complexo. Não estamos só juntando atletas e treinando junto. Temos o Instituto César Cielo que cuidará da parte financeira, tem gente cuidando da captação financeira e muitas outras pessoas envolvidas. Nós só nadamos", completou o campeão olímpico.

A primeira grande competição em que este grupo mostrará sua força será no Troféu Maria Lenk, que será realizado no Rio de Janeiro entre os dias 2 e 8 de maio. A competição brasileira definirá os membros da Seleção e é considerado, ao lado do Mundial de Xangai, agendado para julho deste ano, o principal torneio do ano.


Fonte Site Terra link:
http://esportes.terra.com.br/rumo-a-2012/noticias/0,,OI4947968-EI17322,00-Nosso+salario+e+para+ganhar+medalhas+diz+Cielo.html

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Poema "Nadador"

"Nadador"

O que me encanta é a linha alada
das tuas espáduas, e a curva
que descreves, pássaro da água!

É a tua fina, ágil cintura,
e esse adeus da tua garganta
para cemitérios de espuma!

É a despedida, que me encanta,
quando te desprendes ao vento,
fiel à queda, rápida e branda.

E apenas por estar prevendo,
longe, na eternidade da água,
sobreviver teu movimento...

Cecília Meireles


"

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Carta de Pai para filho!!!

Ao meu filho Kainan,

Queria dizer-te hoje, por todas as vezes que não te disse e devia, que não existe medida para o amor que te tenho, ou para o sentimento de profunda realização que me enche a alma de cada vez que olho para ti, que não é possível definir em palavras o orgulho que tenho em cada um dos teus sorrisos, em cada uma das tuas palavras, em cada um dos teus gestos, na criança que foste e no homem em que te estás a transformar.
Queria agradecer-te por seres o meu melhor amigo e por aceitares que eu seja o teu, por seres a materialização de todos os meus sonhos, tudo o que desejei e muito, muito mais. Porque cada vez que me abraças fazes de mim um rei, cada vez que me chamas fazes de mim um herói, porque és o melhor que há em mim.
Queria pedir-te perdão por todas aquelas vezes que não tive tempo ou paciência, por todos os momentos em que precisaste de mim e eu não estive presente, por não ter estado mais, rido mais, beijado mais, brincado mais…
Queria dizer-te que todas as escolhas que fiz, mesmo as erradas e mesmo as que contrariaram a tua vontade, tinham o propósito de fazer de ti alguém melhor que eu, que vivo para te ver saudável e em paz, que nada no mundo é mais importante que tu, que o meu pesadelo é perder-te, magoar-te ou afastar-te de mim.
Não tenho verdades universais ou conselhos sábios para te dar, mas se a minha vontade te pesa nas decisões, então sê feliz, a vida tem uma forma estranha de nos ensinar, e tudo o que precisas de saber aprenderás no momento em que conheceres o teu filho, deixarás de pertencer a ti próprio e saberás que o amor não conhece limites ou barreiras.



Com todo o amor,

Pai Cristiano

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Como um centésimo pode mudar a história!!!

Na história da natação, são notórios os casos de vitórias por um centésimo que entraram para a posteridade. E não raro os protagonistas têm suas vidas radicalmente modificadas por causa dessa fração de segundo.

Em 1988, o surinamês Anthony Nesty superou o favorito americano Matt Biondi na final dos 100m borboleta nas Olimpíadas de Seul pela diferença mínima. É até hoje o único atleta de seu país a subir no lugar mais alto do pódio olímpico, e também o único negro a conquistar um ouro individual na natação.

O americano Gary Hall Jr venceu os 50m livre sobre o croata Duje Draganja por um centésimo em 2004, e quatro anos antes havia empatado na primeira colocação com o compatriota Anthony Ervin! Em ambas as situações, uma unha mais curta e ele poderia não ter nenhum ouro olímpico individual.

O caso mais recente é a vitória de Michael Phelps sobre Mirolad Cavic nos 100m borboleta em Pequim/2008. Tivesse o americano ficado com a prata, ele não teria superado a performance de Mark Spitz de sete ouros de 1972, e talvez ainda não seria considerado o maior da história (para muitos, vale mais disputar sete provas e ganhar todas do que disputar oito e perder uma).

Mas famos falar aqui de um caso no qual um centésimo poderia ter mudado radicalmente a situação da nossa natação nos dias de hoje.

No Mundial de Melbourne, em 2007, César Cielo surpreendeu ao assumir a ponta na primeira metade na final dos 100m livre, nadando na raia 1, na frente de favoritos como Filippo Magnini, Pieter Hoogenband e Roland Schoeman. Manteve a liderança até 15 metros para o final, mas ficou fora do pódio por quatro centésimos. O Brasil não conquistava medalhas em Mundiais de longa fazia 13 anos, e nesse período jamais havia chegado tão perto.

A decepção de Cielo após a prova era evidente. O fato fez com que ele criasse uma pressão sobre si próprio para os 50m livre, sua melhor prova. Se ficou em quarto nos 100m, poderia fazer melhor na prova mais curta. Mas, apesar de ter batido o recorde sul-americano na semifinal, não nadou bem a final, fruto dessa pressão interna. Afinal, após ter passado tão perto nos 100m, era sua última chance real de medalha. Após a prova, sentido, desabou em lágrimas ainda na piscina (foto abaixo).

Por pouco, a mesma história não se repetiu nas Olimpíadas de Pequim, em 2008. Cielo iniciou sua participação abrindo o revezamento 4x100m livre para 47.91. Um ótimo tempo, melhorando seu recorde sul-americano e nadando pela primeira vez na casa dos 47s. Mas na final da mesma prova, nada menos que quatro nadadores abriram o revezamento com tempos melhores que o do brasileiro. Para conquistar uma medalha nos 100m livre, estava claro que ele precisaria mostrar algo a mais.

Na semifinal da prova individual, Cielo terminou na quinta posição na primeira série. Depois de nadar, deu entrevista chorando para a televisão, já se considerando fora da final, dizendo que a partir dali era se concentrar para os 50m.

No entanto, na segunda semifinal, favoritos como o italiano Filippo Magnini e o canadense Brent Hayden (então campeões mundiais) não nadaram bem e Cielo entrou entre os 8. Na final, a exemplo do Mundial de Melbourne, mostrou personalidade e passou a primeira metade na terceira posição. Ao contrário do que vinha acontecendo na eliminatória e na semifinal, manteve a posição e conseguiu um bronze chorado. Chorado porque o americano Jason Lezak veio em sua busca nos últimos 50m, mas não o suficiente para ultrapassá-lo - na realidade, somente para chegar junto. Os dois empataram com a marca de 47.67 e dividiram o terceiro lugar (abaixo, sua reação ao ver o resultado no placar).

Agora imaginem um outro cenário, diferente por apenas uma fração de segundo, mas que poderia trazer consequências drásticas. Suponham que Cielo tivesse nadado um centésimo mais lento. Ele terminaria na quarta posição, sem medalha. Novamente um quarto lugar, raspando no bronze. O fantasma do Mundial de Melbourne voltaria a assombrá-lo. Para ele, os 50m seria a última chance de medalha. Como ele se comportaria? A pressão interna gerada seria até maior do que a de 2007 na Austrália.

Mais relaxado após o bronze, o que vimos depois daquilo foi o Cielo que conhecemos hoje. Bateu três vezes o recorde olímpico dos 50m para conquistar a primeira medalha de ouro da história olímpica da natação brasileira. E dali partiu para vôos ainda mais altos.

Não é a toa que ele próprio considera sua medalha mais importante aquele bronze nos 100m livre. Foi a transformação de menino em homem. Se a medalha não tivesse saído, talvez a dos 50m também não tivesse acontecido. O caso emblemático foi o do australiano Eamon Sullivan: recordista mundial dos 50m e 100m livre, perdeu o ouro nos 100m para o francês Alain Bernard após ter feito um incrível 47.05 na semifinal da prova. Isso o estraçalhou emocionalmente. Consequência: nos 50m, favoritíssimo, não foi nem sombra do recordista mundial que era e sequer conseguiu medalha. Pelo contrário, o bronze de Cielo o fortaleceu mentalmente para ir em busca da vitória nos 50m.

Por isso, o centésimo que poderia ter feito Cielo ter perdido o bronze nos 100m livre não mudou apenas a vida dele: mudou a história da natação brasileira.



Autor: dtakata

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Lesões Frequentes na Natação

Lesões Freqüentes na Natação

As competições de natação , no formato olímpico atual, são realizadas em piscinas de 50m e oito raias.

As provas podem ser individuais e de revezamento nas seguintes modalidades: nado livre, peito, costa e borboleta. As distâncias das provas variam de 50m a 1500m.

O ombro do nadador é freqüentemente acometido por lesões. Em um estudo (1), foram avaliados 205 atletas durante o Troféu Brasil de Natação de 1998. 63,5% dos atletas apresentavam dor no ombro. Outras queixas relacionavam-se com dor na coluna, dor no joelho e dor no cotovelo.

A predisposição para ocorrência de lesões deve-se à combinação da amplitude articular extrema solicitada na braçada e o número altíssimo de repetições realizadas durante um treino.

O nado livre ou crawl é o mais praticado. O movimento da braçada é dividido em duas fases principais: a puxada e a recuperação. A última fase do movimento de recuperação é a entrada da mão na água. Esse é o momento onde encontramos maior incidência de dor no ombro.

Nesta fase, ocorre o movimento de rotação medial e abdução do ombro e discreta rotação do tronco para o lado da braçada.

No nado de estilo borboleta não ocorre a rotação do tronco e esta situação de impacto é ainda mais freqüente, sendo este o estilo que mais causa dor nos ombros dos nadadores.

Outro fator que predispõe o ombro a lesões é a repetição das braçadas e a fadiga muscular. Estima-se que o nadador que treine por volta de 10.000 metros por dia, 6 vezes por semana, durante 10 meses no ano, execute aproximadamente 4 milhões de braçadas (2). Isto gera uma sobrecarga no ombro - 90% da propulsão na natação é realizada pelos braços, com exceção do nado peito onde a pernada assume grande parcela na propulsão. A fadiga muscular faz com que os movimentos do ombro não sejam realizados de forma coordenada. Isso sobrecarrega os tendões e favorece a lesão dessas estruturas.

A técnica da braçada quando executada de maneira errada também sobrecarrega os ligamentos e tendões do ombro. Cuidados com o posicionamento dos cotovelos, a posição de entrada da mão na água e inclinação do tronco devem ser atentamente observados.

O joelho é a segunda articulação mais acometida por lesões na natação.

Aproximadamente 28% dos nadadores apresentam lesões desta articulação (3). Os membros inferiores são responsáveis por 20% da propulsão no estilo crawl e 40% no estilo peito. As lesões ocorrem geralmente por sobrecarga e se manifestam como dor na face medial do joelho.

A coluna vertebral também pode ser lesionada na prática da natação (4). A coluna cervical pode ser acometida por discopatia degenerativa, decorrente dos movimentos de rotação executados durante a respiração no nado de crawl.

As colunas torácica e lombar podem ser acometidas por lesões provocadas pela hiperextensão realizada no movimento de largada do nado de costas. As dores miofasciais também podem ser fonte de dor na coluna vertebral dos nadadores.

A musculatura adutora e flexora da articulação do quadril pode apresentar lesão aguda ou por sobrecarga, relacionada aos movimentos de pernada (5). O nado de peito é novamente o estilo mais freqüentemente envolvido.

Os músculos e tendões da panturrilha e do pé podem apresentar lesões por sobrecarga. Estas lesões geralmente são tenossinovites e estão relacionadas com o uso de nadadeiras durante os treinamentos.

Confedereção Brasileira de Desportos Aquáticos: www.cbda.org.br